Pelo longo 3

O comprimento do pelo que cobre o corpo, os membros e a cauda do cão tem sido associado a um único gene, chamado FGF5.

Definição

A caraterística refere-se à variante que provoca pêlos compridos no corpo, nas pernas e na cauda. A variante encontra-se no gene FGF5, que está envolvido na regulação do crescimento do pelo no folículo piloso.

Base genética

A variante é recessiva, portanto, a pelagem longa e sedosa só será expressa em cães com duas cópias da variante c.556_571del. Se apenas uma cópia da variante c.556_571del ou nenhuma estiver presente, é provável que o cão apresente um pelo curto. No entanto, foram identificadas várias variantes no gene FGF5 que, quando combinadas com esta variante em heterozigotia composta (uma cópia de cada variante), podem também gerar um fenótipo caracterizado por um pelo mais comprido.

Outras informações pertinentes

O pelo comprido nos cães pode ser descrito como fofo (no Corgi) ou felpudo. Pensa-se que o pelo comprido teve origem nos lobos antigos, que tinham uma pelagem comprida que actuava como isolante térmico em climas frios. Os cães de pelo comprido requerem uma manutenção mais cuidadosa do seu pelo. A escovagem, o banho e o corte são importantes para evitar o desenvolvimento de emaranhados que podem causar desconforto e até lesões cutâneas. De facto, os pêlos compridos podem ser lisos ou encaracolados e finos ou grosseiros, pelo que algumas raças requerem mais manutenção do que outras. A variante descrita aqui foi identificada apenas na raça Eurasier e não é considerada uma variante tão comum quanto a c.284G>T.

Bibliografia

Dierks C, Mömke S, Philipp U, et al. Allelic heterogeneity of FGF5 mutations causes the long-hair phenotype in dogs. Anim Genet. 2013 Aug;44(4):425-31.

Housley DJ, Venta PJ. The long and the short of it: evidence that FGF5 is a major determinant of canine 'hair'-itability. Anim Genet. 2006 Aug;37(4):309-15.