Cistinúria Tipo II-B (gene SLC7A9)

A cistinúria é uma doença causada por um defeito na reabsorção de determinados aminoácidos no túbulo proximal do néfron e no epitélio gastrointestinal. Como resultado da acumulação destes aminoácidos, podem formar-se cristais e cálculos no trato urinário.

Sintomas

A cistinúria manifesta-se por uma série de sintomas, como cistite recorrente, hematúria e estrangúria. Além disso, esta doença hereditária pode levar à formação de cálculos ou cristais nos rins, na bexiga ou na uretra, o que pode provocar uma obstrução urinária parcial ou total. Se não for tratada eficazmente, esta obstrução pode provocar danos irreversíveis nos rins e levar à insuficiência renal.

Gestão da doença

Existem diferentes opções de tratamento para a cistinúria, incluindo intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas. Se o tamanho dos cálculos for muito pequeno, recomenda-se a urohidropropulsão, que consiste em expelir os cálculos com um cateter especializado. O método de dissolução por ultra-sons também pode ser escolhido para quebrar os cálculos. Se os cálculos forem grandes e não puderem ser removidos de outra forma, recorre-se à extração cirúrgica. Para evitar a recorrência dos cálculos renais, recomenda-se uma alimentação que favoreça a produção de urina alcalina e mais diluída.

Base genética

Esta doença segue um modo de hereditariedade autossómica dominante, o que significa que os cães só têm de herdar uma cópia da mutação ou variante patogénica para estarem em risco de desenvolver a doença. Cada cachorro nascido de um progenitor portador de uma cópia da mutação tem 50% de hipóteses de herdar uma cópia da mutação e de estar em risco de desenvolver a doença. Não se recomenda o cruzamento entre cães portadores de variantes genéticas que possam causar a doença, mesmo que não apresentem sintomas.

Relatório técnico

A cistinúria é causada por um defeito no transporte de aminoácidos (cistina, ornitina, lisina e arginina) no túbulo proximal do néfron e no epitélio gastrointestinal. O transporte destes aminoácidos ocorre através de um transportador heteromérico codificado pelos genes SLC3A1 e SLC7A9. Por conseguinte, qualquer mutação nestes dois genes que afecte a funcionalidade do transportador resultará na acumulação de aminoácidos no trato urinário. No estudo de Brons et al. (2013), foi identificada uma mutação nonsense (c.964G>A) no gene SLC7A9, que provoca a alteração de um pequeno resíduo hidrofóbico de glicina para um resíduo grande, carregado e básico de arginina, resultando numa proteína truncada. Em 2006, Harnevik et al. descreveram uma variante no gene SLC7A9 (c.649A>G), no entanto, parece não haver provas suficientes para concluir que se trata de uma variante causadora de cistinúria tipo II-B no Bulldog Inglês.

As raças mais afectadas

  • Pinscher miniatura

Bibliografia

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